domingo, 20 de novembro de 2011

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Neonazis terão sido responsáveis por atentado falhado a portugueses

Um grupo terrorista neonazi alemão terá sido o responsável por uma tentativa de atentado à bomba contra portugueses em 1997, noticia a emissora pública MDR. Os neonazis são também presumíveis acusados de 10 homicídios naquele país.

A tentativa de atentado ocorreu a 18 de Novembro de 1997, num prédio em Stadtroda, na Turíngia, onde viviam operários portugueses. O engenho foi colocado junto da caldeira de aquecimento a gás e só uma avaria no detonador impediu que houvesse uma explosão.

Um porta-voz da polícia de Jena confirmou entretanto o incidente, em declarações ao mesmo órgão de comunicação social.

Os elementos utilizados para construir o engenho explosivo eram semelhantes aos que a polícia encontrou dois meses depois na garagem em Jena, utilizada pelo trio de terroristas neonazis para fabricar explosivos.

Uwe Mundlos, Uwe Bohnhardt e Beate Zschaepe não conseguiram iludir as forças da autoridade e entraram na clandestinidade. Entretanto, no passado dia quatro, a polícia encontrou dois deles que se suicidaram dentro de uma caravana, depois de terem cometido um assalto a um banco, em Eisenach.

Beate Zschaepe, que não participou no assalto, fez explodir poucas horas depois o apartamento em Zwickau, onde os três viviam sob identidade falsa. Dois dias entregou-se à polícia mas tem recusado depor nos interrogatórios.

A polícia encontrou, no entanto, na caravana e no apartamento, as pistolas com que foram abatidos a tiro oito imigrantes turcos e um imigrante grego, em vários pontos da Alemanha, entre 2000 e 2006.
Foi também encontrada a arma de uma agenda da polícia abatida a tiro em 2007, em Heilbronn, num assalto em que outro agente da polícia ficou gravemente ferido.
Entre 1996 e 1998, foram encontrados em Jena, cidade onde o trio nazi operava, vários engenhos explosivos e simulacros de bombas numa auto-estrada das proximidades, no cemitério ou diante do teatro de Jena, por exemplo.
A própria polícia, a autarquia e a redacção de um jornal de Jena receberam no mesmo período simulacros de bomba com desenhos de cruzes suásticas.
Em finais de 1997, Uwe Bohnhardt foi condenado a vários anos de prisão por instigação ao ódio racial, no tribunal regional de Gera, mas não chegou a cumprir pena, mantendo-se em liberdade.

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