sexta-feira, 4 de março de 2011

A Bola !!!

Selecções e clubes de Portugal à beira da exclusão pela FIFA
Por Hugo do Carmo

Demolidora a carta de ontem à FPF. Pedida uma AG para dia 19. Comité de Emergência da FIFA será convocado para punir Portugal se os novos estatutos não forem aprovados.

A FIFA, através de um faxe enviado ontem à Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a que A BOLA teve acesso e publica na íntegra, fez um derradeiro ultimato ao futebol português: ou os novos estatutos são aprovados na próxima assembleia geral (AG) da FPF, ou a Selecção Nacional e os clubes portugueses são impedidos de participar em competições internacionais.

Se a minoria de bloqueio que impediu, na última AG da FPF, que os novos estatutos recebessem luz verde, mantiver a sua posição, verificando-se um novo chumbo, o secretário-geral da FIFA avisa que o caso será remetido pelo Comité de Associações para o Comité de Emergência da FIFA (que se reunirá imediatamente) para suspender a FPF.

Já depois de concluída, ontem à tarde, a reunião, convocada de urgência, por Gilberto Madail - na sequência da sessão do Comité de Associações da FIFA do passado dia 1 de Março - da Direcção da FPF, de onde saiu um pedido ao presidente da Mesa da Assembleia Geral da FPF para convocar uma assembleia geral para o próximo dia 19 de Março com vista à aprovação dos estatutos que não passaram na última reunião magna por 22 votos (são precisos 75 por cento dos votos e os novos estatutos receberam 71 por cento), chegou à FPF um faxe, assinado por Jerôme Valcke, secretário-geral da FIFA, cujo conteúdo mostra até que ponto a Selecção Nacional e os clubes portugueses estão em perigo.

Trata-se de um verdadeiro ultimato, sem subtilezas semânticas, onde é dito, com toda a clareza, que se os novos estatutos não forem aprovados na próxima assembleia geral da FPF, a Selecção Nacional e os clubes portugueses ficarão impedidos de qualquer contacto internacional.

O secretário-geral da FIFA refere-se também às três dúvidas levantadas pelas Associações distritais que compõem a minoria de bloqueio, reafirmando que os artigos em causa estão conformes aos princípios gerais e aos estatutos da FIFA, não havendo, pois, necessidade de voltar a debatê-los.

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